segunda-feira, 5 de setembro de 2011

CONHECENDO A BÍBLIA



A Bíblia foi escrita num período aproximado de 1500 anos. O primeiro livro a ser escrito provavelmente foi o de Jó. Não há uma data exata de quando ele foi escrito, data de 1400 a.C. O último livro da Bíblia a ser escrito provavelmente foi Apocalipse, por volta de 100 anos d.C. Todos os livros do Novo Testamento foram escritos no 1º Século d.C (entre 1 e 100 d.C).
O Antigo Testamento foi escrito em hebraico, o hebraico era a língua comum do povo neste período. Algumas partes podem ter sido escritas em aramaico. O Antigo Testamento contém ainda algumas palavras persas.
O Novo Testamento foi escrito em grego. O grego tinha se tornado a língua comum do povo, razão que os livros do Novo Testamento foram escritos em grego.
O termo Escritura é a coleção de livros que os judeus, Jesus e os cristãos consideravam como a palavra escrita de Deus para o ser humano (2 Tm 3.16; Tg 2.8). Esses escritos são chamados hoje de “Antigo Testamento” ou “Escrituras Hebraicas”. A palavra “Escritura” chegou a ser usada para designar a Bíblia inteira, incluindo o Novo Testamento. Jesus viu a si mesmo como o cumprimento das promessas das Escrituras em relação ao Messias (Lc 4.21; Jo 7.38; 20.9; At 1.16).
O termo Palavra de Deus utilizado no Antigo Testamento era a palavra comumente usada pelos profetas, e tinha uma qualidade dinâmica peculiar (Is 55.10-11; Sl 119.89). A palavra de Deus é a fonte da ordem criada (Gn 1.3), a origem do chamado ao serviço (Is 6) e o conteúdo da mensagem profética (1 Rs 18.1; Jr 1.2-13; Ez 6.1). Até quando se escreve o seu poder não se altera (1 Pe 1.25). No Novo Testamento, a palavra é, em primeiro lugar, o próprio Jesus, o Verbo (Logos = Palavra) feito carne (Jo 1.1), o qual também fala a palavra do Pai (Jo 17.14,17). A palavra é, além disso, o evangelho do reino de Deus (Lc 5.1; At 4.31; 2 Co 2.17), a palavra de Deus e o Espírito Santo atuam conjuntamente (Hb 4.12).
O termo Bíblia é uma palavra de origem grega que significa “livros”. Daí que se deu o título Bíblia à coleção dos que, sendo de diversas origens, extensão e conteúdo, estão essencialmente unidos pelo significado religioso que tem para o povo de Israel e para todo o mundo cristão. Foi aplicada as Escrituras por João Crisóstomo.
Significa etimologicamente “coleção de livros pequenos”. Unidade e diversidade que não se opõem entre si, mas que se completam para dar a Bíblia o seu especialíssimo caráter.                      
Os materiais em que a Bíblia foi escrita, Originalmente foram dois, os principais: papiro e pergaminho. O papiro era extraído da entrecasca de uma planta aquática desse mesmo nome. Seu uso teve inicio no Egito cerca de 3000 a.C. É mencionado na Bíblia, como por exemplo, em Jó 8.11. O pergaminho era pele de animal, curtida e preparada para a escrita. É material superior ao papiro. Seu uso generalizado teve inicio no Século1º da era cristã, apesar de já ser conhecido antes. Seu nome vem da cidade de Pérgamo, na Ásia Menor, onde essa indústria foi aperfeiçoada. É também mencionada na Bíblia, exemplo 2 Tm 4.13. O papel dos temos atuais é de origem recente Século 2º d.C. Os primeiros formatos da Bíblia foram dois: O rolo era mesmo um rolo feito de papiro ou pergaminho. Era preso a dois cabos de madeira, para facilidade de manuseio. A largura era de 30 cm. O comprimento dependia do volume da escrita a ser feita. Cada livro da Bíblia constituía um rolo separado. Naquele tempo ninguém podia conduzir a Bíblia como hoje. O que tornou isso possível foi a invenção do papel, da tipografia e o formato atual dos livros, a Bíblia foi o primeiro livro a ser impresso no mundo.
Os cristãos de todos os tempos têm reconhecido que a Bíblia é um livro singular. A Bíblia é, ao mesmo tempo, o livro mais humano e divino de toda a literatura mundial. Por outro lado, a Bíblia retrata o ser humano com todas as suas potencialidades e limitações, inclusive sua degradação mais profunda. A Bíblia traz o testemunho de que a palavra “inspirada por Deus é útil para o ensino, para repreensão, para correção, para educação na justiça”, na qual temos “a vida eterna”, pois é ela que testifica do Salvador Jesus Cristo (2 Tm 3.16; Jo 5.39; 20.30,31).
Uma das coisas extraordinárias a respeito da Bíblia é como os 66 livros se encaixam – o conteúdo “todo se completa”. A unidade da Bíblia pode ser mais bem explicada olhando-se o autor: Deus (Espírito Santo). Deus é a pessoa que guiou todos os diferentes homens para escrever a Bíblia. Todos os 66 livros completam a mensagem de Deus para nós. Na Bíblia nós podemos encontrar a informação de que necessitamos para aprender como se tornar um cristão e como viver uma vida cristã cheia de sucesso. Através dos anos, Deus revelou ao homem mais e mais a respeito de si mesmo e como queria que vivêssemos.
A Bíblia foi escrita por cerca de 40 pessoas, uns eram profetas, outros reis, sacerdotes, pescadores, criadores de gado e até cobrador de impostos. Deus escolheu estas pessoas e as usou, apesar das suas imperfeições e seus diferentes conhecimentos da vida humana. Apesar dos livros serem escritos por pessoas diferentes, em épocas bem distantes, e depois unidos num livro só, a Bíblia é completa e perfeita em unidade e harmonia. Deus inspirou estas pessoas para escreverem a Bíblia, capacitando-as a receber e transmitir o ensino sem mistura ou erro, “toda a Escritura é divinamente inspirada...” (2 Tm 3.16a).
Não se pode duvidar que os livros da Bíblia foram compostos por autores humanos: nem sequer podemos identificar alguns deles. Tampouco sabemos exatamente como Deus mandou que esses autores escrevessem. Mas cremos e sabemos que Deus os dirigiu de fato e que esses livros, portanto, são exatamente o que Deus quis que fossem. O próprio Deus supervisionou e dirigiu a redação dos livros da Bíblia, de tal modo que o que foi escrito é composição de Deus. A Bíblia é a Palavra de Deus num sentido que não se aplica a nenhum outro livro no mundo.
É importante notar que toda a Bíblia é inspirada por Deus. Todos os livros foram igualmente inspirados por Deus. Nenhum dos livros é mais inspirado por Deus que outro. O Espírito Santo guiou os pensamentos dos homens para que eles escrevessem o que Deus queria que eles escrevessem (2 Pe 1.20,21).
A Bíblia é, sem duvida, um dos mais apreciados legados literários da humanidade. Contudo, o seu verdadeiro valor não se firma de maneira substancial no fato literário. A riqueza da Bíblia consiste no caráter essencialmente religioso da sua mensagem que a transforma no Livro Sagrado por excelência, tanto para o povo de Israel quanto para Igreja Cristã. 

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